quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Deputados dizem que aprovação das OSs na saúde desvalorizam servidores

Luis Philipe Souza | Rio+ | 14/09/2011 17h39


Reprodução de internetO projeto de lei das Organizações Sociais - que autoriza a gestão de hospitais estaduais pela iniciativa privada - foi aprovado, na tarde desta terça-feira, após muita discussão no plenário da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).A votação foi vencida por 49 votos a 12.
Procurados pelo SRZD, os deputados estaduais Flávio Bolsonaro (PP) e Enfermeira Rejane (PCdoB) se manifestaram criticando a medida aprovada pela Assembleia. Ambos foram contra na votação.
O parlamentar do PP disse que com a lei das OSs há uma desvalorização dos servidores públicos. " Dinheiro para melhorar salários e condições dos servidores não tem. Mas, para gastar com Organizações Sociais tem?, retrucou Bolsonaro.
 Para a deputada do PCdoB, o Estado está tirando a responsabilidade sobre a saúde, que é um dos direitos garantidos por lei aos cidadãos. "São privatizações. É preciso que nós sigamos as leis", disse. Além disso, ela acredita que a medida não resolverá o grave problema da saúde. "Serão dez Unidades de Pronto Atendimento (UPA) administradas por OSs. Os grandes hospitais não estão incluídos no projeto", acrescentou.
- Veja lista completa dos deputados que participaram da votação
 Tumulto com servidores
Durante a votação da lei das OSs, centenas de servidores públicos da área da saúde protestaram do lado de fora da Assembleia. Houve muita confusão. Muitos não conseguiram entrar para acompanhar a discussão e foram repreendidos pela polícia.
De acordo com a assessoria da Alerj, o cadastramento das pessoas para acompanhar a votação estava sendo feito, mas é um processo que leva um certo tempo para a identificação. E mesmo com o número de senhas disponíveis nem chegando a ser atingido, algumas pessoas começaram a se exaltar e tentaram forçar a entrada na Alerj.
"Por conta da iminência de uma invasão por parte de manifestantes que chegaram a forçar as entradas no Palácio Tiradentes, a presidência da Alerj se viu obrigada a convocar o Batalhão de Choque da PM para garantir a segurança de seus funcionários e um dos patrimônios históricos do estado, o Palácio Tiradentes", dizia um trecho da nota.

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