quinta-feira, 22 de março de 2012

O Escândalo do Boi Bom – Parte 9

A sociedade de Hugo Cecílio e João da Locanty no futuro Lixão de Búzios
João da Locanty, um dos patronos da escola de samba Grande Rio, cujo presidente, o contraventor Helinho está foragido; ao lado Hugo Cecílio, o popular Hugo Boi Bom
João da Locanty, um dos patronos da escola de samba Grande Rio, cujo presidente, o contraventor Helinho está foragido; ao lado Hugo Cecílio, o popular Hugo Boi Bom


Como lhes mostrei no capítulo anterior “O Escândalo do Boi Bom – Parte 8”, o empresário Hugo Cecílio, do Boi Bom também tem negócios com João Felippo Barreto, o dono da Locanty. Mostrei até a sequência de trocas de cheques da Locanty com a empresa Boi Bom, que na verdade não passa de pagamento de propina.

Mas agora vocês vão ver que Hugo Cecílio (Boi Bom) e João Felippo Barreto (Locanty) se associaram em mais uma empreitada no município de Búzios. Adquiriram uma área de 81 mil m² na localidade de Capão da Pedra, também conhecida como São Francisco, em Búzios, justamente o terreno que está destinado para ser o aterro sanitário da cidade, o “Lixão de Búzios”. E curiosamente de quem eles adquiriram o terreno, Sidney Gonçalves dos Santos, dono da Marisol Materiais de Construção, também consta na planilha de trocas de cheques feitas por Hugo Cecílio, e que está em poder do MP como podem constatar. 




Como podem ver na continuação do documento a divisão foi na base de 60% para Hugo Cecílio e 40% para a BIOAB Biotecnica Ambiental do Brasil Ltda, uma das empresas de João da Locanty. E um dado curioso consta que o terreno de 81 mil m², em Búzios custou para os dois a módica quantia de R$ 30 mil. 




Ou seja, Hugo do Boi Bom e João da Locanty, como dizem os mais jovens, estão juntos e misturados nos negócios. Resta saber se agora com tudo o que já veio à tona, o prefeito Mirinho (PDT) vai querer fazer negócio com eles no Lixão. Aliás, a situação de Mirinho já é complicada porque suas contas foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado. 


Reprodução do Blog Extra, Extra!
Reprodução do Blog Extra, Extra!



Em tempo: A tabeliã que lavrou o documento do terreno adquirido por Hugo Cecílio e João da Locanty, Maria de Fátima Brum foi presa em 2007 por fraudes com terrenos não apenas na Baixada Fluminense como também na Região dos Lagos, conforme matéria abaixo do portal Terra. Ela responde a quatro processos movidos pelo Ministério Público, nas comarcas de Japeri e de Cabo Frio. Está arriscado a que esse negócio do terreno para o Lixão de Búzios ainda ser uma fraude. E isso pode explicar porque o negócio de um terreno em Búzios foi fechado num cartório de Japeri, na Baixada Fluminense. 

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