quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Promotor diz que hora de visita a presos na Polinter custava R$ 10

Foto: Reprodução de TVO promotor Décio Alonso Gomes, que participou das investigações que prenderam 13 pessoas suspeitas de fazer parte de um esquema de corrupção na carceragem da Polinter, em Nova Frigurgo, na Região Serrana do Rio, afirmou que eram cobrados R$ 10 por hora de visita a um preso. Já para transferências, o valor variava de R$ 1.500 a R$ 3 mil. As investigações - feitas por escutas - começaram há cerca de oito meses motivadas por denúncias de parentes de detentos.
Além disso, Décio revelou que os próprios presos tratavam a unidade com ironia. "Não é à toa que, numa gravação de agosto passado, um dos presos da operação dizia que a Polinter de Nova Friburgo era um spa", disse o promotor. 
A ação Faraó ocorreu durante a manhã desta terça-feira e envolveu agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Corregedoria Geral Unificada (CGU) .
Entre os presos está o delegado Renato Soares Vieira, acusado de ser o mentor da quadrilha que seria responsável pela cobrança de propina para liberar visitas, manter presos em celas determinadas ou facilitar transferências. 
Ainda de acordo com a polícia, os corruptos permitiam a saída de presos para que pudessem jantar, tomar chopp e até cometer crimes. Um deles teria praticado uma "saidinha de banco" e conseguido levar R$ 8 mil de uma vítima no Leblon, na Zona Sul da cidade, quando deveria estar na cela.
Ao todo, a Secretaria de Segurança Pública (Seseg) cumpre 16 mandados de prisão. Quatro envolvidos no esquema ainda estão sendo procurados e, segundo o promotor, um deles já entrou em contato com a polícia a fim de negociar uma forma de rendição.

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