Além disso, Décio revelou que os próprios presos tratavam a unidade com ironia. "Não é à toa que, numa gravação de agosto passado, um dos presos da operação dizia que a Polinter de Nova Friburgo era um spa", disse o promotor.
A ação Faraó ocorreu durante a manhã desta terça-feira e envolveu agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Corregedoria Geral Unificada (CGU) .
Entre os presos está o delegado Renato Soares Vieira, acusado de ser o mentor da quadrilha que seria responsável pela cobrança de propina para liberar visitas, manter presos em celas determinadas ou facilitar transferências.
Ainda de acordo com a polícia, os corruptos permitiam a saída de presos para que pudessem jantar, tomar chopp e até cometer crimes. Um deles teria praticado uma "saidinha de banco" e conseguido levar R$ 8 mil de uma vítima no Leblon, na Zona Sul da cidade, quando deveria estar na cela.
Ao todo, a Secretaria de Segurança Pública (Seseg) cumpre 16 mandados de prisão. Quatro envolvidos no esquema ainda estão sendo procurados e, segundo o promotor, um deles já entrou em contato com a polícia a fim de negociar uma forma de rendição.
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