O juiz Peterson Barroso Simão, da 3ª Vara Criminal de Niterói, decidiu na quinta-feira, dia 3, manter presos em Bangu 1 o tenente-coronel Claudio Luiz Silva de Oliveira, ex-comandante do 7º BPM (São Gonçalo) e o tenente Daniel Santos Benitez Lopez. Junto com outros nove policiais, eles são acusados de participação no assassinato da juíza Patrícia Acioli, com 21 tiros, no dia 11 de agosto, na porta de sua casa, em Piratininga, Niterói.
O Ministério Público estadual pedia a transferência dos oficiais da PM para um presídio federal fora do Rio de Janeiro, sendo mantidos em Regime Disciplinar Diferenciado, com restrição de comunicação e isolamento. O MP alegava que a mudança de local era necessária para que os policiais, mesmo presos, não tentassem atrapalhar as investigações. O juiz, porém, deu razão à defesa no sentido de que os réus precisam continuar em presídio dentro do Estado, onde a fiscalização deve ser feita com todas as cautelas legais.
“A presença dos acusados no Estado do Rio de Janeiro facilita o trabalho a ser desenvolvido durante a instrução criminal. E, a transferência de unidade dentro do mesmo Estado se revela, no momento, inadequada e desnecessária”, escreveu.
Na mesma decisão, o juiz marcou para os dias 9, 10, 11, 16, 17 e 18 os depoimentos das cerca de 150 testemunhas de acusação e de defesa, além do interrogatório dos 11 acusados. As audiências serão realizadas no plenário do Tribunal do Júri, sempre a partir das 9h. A segurança do Fórum de Niterói será reforçada.
Além do ex-comandante e do tenente, foram denunciados os PMs Sérgio Costa Júnior, Jovanis Falcão Junior, Jeferson de Araújo Miranda, Charles Azevedo Tavares, Alex Ribeiro Pereira, Júnior Cezar de Medeiros, Carlos Adílio Maciel Santos, Sammy dos Santos Quintanilha e Handerson Lents Henriques da Silva.
Processo 10363629020118190002
Notícia publicada em 04/11/2011 17:28
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