O policial militar João Dias Ferreira, que denunciou o ministro do Esporte, Orlando Silva, de ser comandante de um esquema de corrupção no ministério, está na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, onde vai prestar novo depoimento. Ferreira afirmou que vai entregar aos investigadores 13 arquivos de áudio e uma relação de nomes de empresas beneficiadas pelo suposto esquema.
O policial disse ainda que pessoas ligadas ao ex-ministro e atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, participam da gravação, mas negou ter qualquer áudio com o atual ministro, Orlando Silva.
"Há apenas pessoas próximas a ele", disse o policial militar, referindo-se a Fábio Hansem - então chefe de gabinete da Secretaria Nacional do Esporte Educacional, mas que atualmente assessora Orlando Silva - e Charles Rocha, então chefe de gabinete da Secretaria Executiva do ministério. A reunião, segundo a revista Veja, ocorreu em abril de 2008.
"Fui convidado para uma reunião na calada da noite, com o objetivo de parar com a produção de documentos falsificados que originaram a Operação Shaolin", disse. "Acredito que durante toda a semana vão aparecer coisas novas porque estamos recuperando as provas", disse em referência aos arquivos na PF obtidos durante a operação.
Ele afirmou também que vai entregar até a próxima quarta-feira oito vídeos de Michael Vieira, a primeira pessoa a denunciar o esquema, negociando uma delação premiada. "A minha briga é para provar que existem vários pagamentos de diversas empresas e entidades. Como nós rejeitamos esse protocolo, aconteceu a Operação Shaolin", disse.
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