O deputado Marcelo Freixo (PSOL), disse nesta segunda feira que irá sair do Brasil após receber um documento do Disque-Denúncia contendo 7 ameaças de morte somente no último mês. Em entrevista à rádio "CBN", o parlamentar afirmou que sua segurança por parte do Estado não foi aumentada, o que causou desconforto. Ele também disse que ficará um tempo fora do é, e que continuará combatendo a milícia.
"A Patrícia (Acioli, juíza morta a tiros mês passado) recebeu diversos Disque-denúncia. Comigo foram 7 só no último mês. Patrícia mandou para o tribunal de justiça, que nada fez. Isso não se mistura com vida política. Eu não vou ficar muito tempo fora. Ficamos dois anos esperando essa CPI. Não é justo, não passa pela cabeça abrir mão dessa luta", afirmou o deputado, que ficará um mês na Europa, a convite da Anistia Internacional, cujo país não foi divulgado.
Em seu Twitter, o deputado federal confessou a todos os seus 22.501 seguidores que não pretende ficar fora do Brasil por muito tempo, e que essa viagem é apena para ajustar questões relativas a sua segurança pessoal. "Minha saída é curta, voltarei logo. É apenas um tempo para os ajustes necessários para segurança. Fico menos de um mês fora", garantiu Freixo em seu microblog.
Ameaça saiu de cadeia de policiais
De acordo com a Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar, uma das denúncias saiu do batalhão especial da polícia militar, lugar onde muitos policiais militares estão presos acusados de envolvimento com as milícias.
Marcelo Freixo foi presidente da CPI das Milícias, que, em 2008, indiciou 225 pessoas, entre policiais militares e civis, bombeiros e políticos. O deputado vai deixar o Brasil na terça-feira, com a família a convite da Anistia Internacional.
"A Anistia ficou preocupada com a minha segurança devido ao acirramento das denúncias feitas contra mim. A Patrícia foi ameaçada e, na época, todos diziam que ninguém iria matá-la. Mesmo assim, mataram". Disse Freixo.
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